Sindicatos franceses saem às ruas para protesto decisivo contra reforma da Previdência

Por Elizabeth Pineau e Sophie Louet

PARIS (Reuters) - Sindicatos franceses interromperam os servi?os ferrovi?rios, cortaram o fornecimento de energia e reuniram uma multid?o de manifestantes nas ruas de cidades da Fran?a, nesta quinta-feira, em um esfor?o decisivo para pressionar o presidente Emmanuel Macron a abandonar uma proposta de reforma previdenci?ria.

Os sindicatos reuniram apoiadores na esperan?a de recuperar o ?mpeto das manifesta??es, em um momento de queda na participa??o em uma greve do setor p?blico que j? dura 36 dias, e com as pesquisas de opini?o mostrando queda no apoio p?blico ? a??o.

A pol?cia disparou g?s lacrimog?neo contra manifestantes em Nantes, no oeste da Fran?a, e em Paris, onde manifestantes arremessaram objetos contra agentes de seguran?a e acenderam sinalizadores de fuma?a.

'Nada est? perdido. A bola est? no campo do governo. Ou eles escutam ou governam contra a vontade do povo', disse o l?der da central sindical CGT, Philippe Martinez. 'Estou c?tico em rela??o ? vontade do governo de conversar'.

Macron, um ex-banqueiro de investimentos, quer otimizar o pesado sistema de pens?es da Fran?a e incentivar os franceses a permanecerem no trabalho por mais tempo para pagar por alguns dos benef?cios de aposentadoria mais generosos do mundo.

A reforma proposta seria a maior revis?o do sistema desde a Segunda Guerra Mundial e ? central no esfor?o do presidente de tornar a for?a de trabalho francesa mais flex?vel e competitiva globalmente.

Macron argumenta que os in?meros benef?cios especiais concedidos a diferentes tipos de trabalhadores impedem a mobilidade no mercado de trabalho, especialmente no setor p?blico.

Se conseguir derrotar os sindicatos --ele j? os encarou com a reforma do sistema ferrovi?rio estatal SNCF e com a flexibiliza??o das leis trabalhistas--, Macron fortalecer? sua posi??o para aprofundar reformas ao encarar a reelei??o em 2022.