Taxa de desemprego sobe a 12,4% e Brasil volta a ter mais de 13 mi de desempregados

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/S?O PAULO (Reuters) - A taxa de desemprego no Brasil voltou ao patamar de meados do ano passado ao subir para 12,4 por cento no trimestre encerrado em fevereiro, e o pa?s voltou a ter mais de 13 milh?es de desempregados, com dispensas das vagas tempor?rias de fim de ano e aumento da procura por vagas.

A taxa de desemprego j? havia subido a 12 por cento no trimestre at? janeiro, o que representa um segundo aumento seguido.

Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) mostram que esse resultado ? o mais alto desde o trimestre encerrado em junho do ano passado, quando a taxa tamb?m foi de 12,4 por cento.

'Houve uma dispensa forte de tempor?rios, e isso aumentou a desocupa??o em fevereiro. Foram dispensados profissionais contratados para as festas de fim de ano e muitos funcion?rios das ?reas da sa?de e educa??o nas prefeituras. S?o movimentos sazonais e esperados', disse o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

'Precisamos que a economia reaja para esperar uma evolu??o da taxa', acrescentou.

O pa?s registrou no trimestre at? fevereiro 13,098 milh?es de desempregados, contra 12,669 milh?es entre novembro e janeiro e 13,121 milh?es no mesmo per?odo de 2018.

A ?ltima vez que o n?mero de desempregados ficou na casa dos 13 milh?es foi nos tr?s meses encerrados em maio de 2018.

J? o contingente de pessoas ocupadas caiu a 92,127 milh?es nos tr?s meses at? fevereiro, contra 92,547 milh?es no trimestre at? janeiro, aproximando-se do patamar de 91 milh?es em que ficou pela ?ltima vez em julho de 2018.

O n?mero de desalentados, ou a quantidade de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga, atingiu 4,855 milh?es, de 4,716 milh?es no trimestre at? janeiro.

O IBGE informou ainda que o emprego com carteira assinada no setor privado teve alta nos tr?s meses at? fevereiro com 33,027 milh?es de pessoas, de 32,916 milh?es no trimestre at? janeiro, mas registrando queda de 0,3 por cento sobre o mesmo per?odo de 2018.

Por outro lado, 11,128 milh?es de pessoas n?o tinham carteira assinada no setor privado entre dezembro e fevereiro, aumento de 3,4 por cento sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

Ainda nos tr?s meses at? fevereiro, o rendimento m?dio do trabalhador foi de 2.285 reais, contra 2.277 reais no trimestre at? janeiro e 2.268 reais no mesmo per?odo de 2018.

Apesar dos dados fracos do IBGE que destacam a dificuldade recupera??o do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist?rio da Economia apontou cria??o l?quida de 173.139 vagas formais de emprego em fevereiro.

Mas Azeredo ponderou que a taxa de desemprego de mar?o deve voltar a subir, uma vez que sair? da conta o m?s de dezembro, que foi positivo para o mercado de trabalho.

'O quanto vai subir depende do comportamento da economia', disse ele.