Temer diz que fechamento de fronteira com Venezuela seria medida inapropriada

(Reuters) - O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira que o fechamento da fronteira com a Venezuela devido ao grande fluxo de migrantes daquele pa?s para Roraima seria uma medida inapropriada, mas ressaltou que o governo federal n?o deixar? de lado as necessidades do Estado.

?N?s estamos todos de acordo que n?o h? como fechar fronteira, mas tamb?m n?o h? como abandonar as necessidades de Boa Vista, de Roraima e de todo o Estado?, disse o presidente a jornalistas.

Temer foi a Roraima para acompanhar as condi??es em que se encontram os venezuelanos que t?m chegado ao Estado.

A Venezuela vive grave crise pol?tico-econ?mica e milhares de venezuelanos t?m deixado o pa?s em dire??o a na??es vizinhas, incluindo o Brasil.

Em abril, Roraima entrou com um pedido de fechamento de fronteira tempor?rio no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a Uni?o n?o estava cumprindo com suas obriga??es em rela??o ao controle da fronteira com o pa?s vizinho, mas a Advocacia-Geral da Uni?o (AGU) argumentou que o pedido era inegoci?vel .

Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), que tem trabalhado com as autoridades brasileiras, mais de 52 mil venezuelanos haviam entrado no Brasil at? abril desde o in?cio de 2017, incluindo os cerca de 40 mil que estavam vivendo em Boa Vista, capital de Roraima.

Sobre a transfer?ncia de parte desses migrantes para outras regi?es do Brasil, Temer disse que ? um processo que leva tempo para ser bem feito.

O problema da interioriza??o ? que a imagem que as pessoas t?m da interioriza??o ? a seguinte: ?voc? pega os venezuelanos, bota em um avi?o ou bota em um ?nibus e despeja em outro Estado?. N?o ? isso, nem assim que se faz , disse.

O que est? sendo feito, com muito crit?rio, ? quando interioriza aqueles que aqui est?o, os venezuelanos, eles j? v?o com todas as condi??es de habitabilidade no novo Estado?, acrescentou. ?? um trabalho mais demorado, mais longo, mas que est? sendo levado adiante com muito empenho.?

(Por Alexandre Caverni, em S?o Paulo)