Tesouro analisa tamanho de eventual ajuda a médias empresas, diz Mansueto
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Por Marcela Ayres
BRAS?LIA (Reuters) - O secret?rio do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou nesta quarta-feira que o governo analisa proposta de aporte do Tesouro no FGI, fundo garantidor que funciona via BNDES, para empr?stimos a m?dias empresas, mas que o tamanho do eventual programa n?o foi definido.
'N?o se sabe o total de aporte, ? uma proposta de medida que est? sendo estudada', afirmou. 'Quem bate o martelo ? o ministro da Economia, com a proposta corroborada, aprovada ou n?o pelo Congresso Nacional.'
Sobre o apoio em garantias do Tesouro para cr?dito a grandes empresas, Mansueto disse n?o ter detalhes sobre a investida.
'N?o sei nem que setor, nem tampouco como ? que isso vai ser operacionalizado e nem tampouco qual vai ser a garantia da perda que eventualmente ser? arcada --n?o pelo Tesouro, mas pelos contribuintes', disse.
Mais cedo, o ministro Paulo Guedes afirmou que a ajuda para grandes est? sendo debatida em sindicato banc?rio, que est? sendo coordenado pelo BNDES.
'Vamos tentar salvar as grandes empresas mas dentro de mecanismo de mercado, s?o deb?ntures convers?veis, s?o garantias de ativos, ali n?o pode ter muita facilidade', disse o ministro.
Guedes afirmou que, para um faturamento anual de 10 milh?es de reais 'at? chegar nessas grandes empresas que s?o objeto das negocia??es, como (do setor) automotivo, distribuidora de energia, companhias de avia??o', o governo ir? refor?ar o Fundo de Garantia de Investimentos (FGI) e implementar mecanismo de primeira perda --ou 'first loss', no jarg?o do mercado.
'Vamos aumentar uma esp?cie de fundo de garantia que est? l? e os bancos ent?o repassam recursos. Se tiver uma perda, at? 20% quem paga ? a gente (Tesouro)', disse Guedes, destacando que esse ? um desenho que incentiva os bancos a correrem risco.
Na segunda-feira, tr?s fontes disseram ? Reuters que o governo estudava um aporte de 20 bilh?es de reais no FGI para impulsionar o cr?dito ?s m?dias empresas, mas que aguardava o desfecho das negocia??es sobre aux?lio a Estados para saber quanto efetivamente poder? comprometer.
Para cada 1 real colocado no fundo, a conta ? que o cr?dito ? alavancado em 5 reais. Com uma inje??o de recursos desse porte no FGI, a expectativa ? que 100 bilh?es de reais sejam ofertados pelas institui??es financeiras. Hoje, o FGI tem cerca de 1,2 bilh?o de reais em caixa e a medida em an?lise do governo prev? a flexibiliza??o de suas regras para empr?stimos.
Tamb?m na segunda-feira, o Minist?rio da Economia prometeu 'para breve' detalhes do novo programa via FGI e disse que o governo ainda est? estudando se o limite de faturamento das empresas que poder?o usufruir da garantia ser? de 10 milh?es de reais ou 300 milh?es de reais.
AJUDA A ESTADOS
O debate atual sobre o tamanho da transfer?ncia direta a Estados e munic?pios por conta da perda de arrecada??o com o coronav?rus gira em torno de 50, 55 bilh?es de reais 'ou at? um pouco mais', segundo Mansueto, ante proposta da equipe econ?mica de 40 bilh?es de reais.
Ele tamb?m pontuou que a ajuda deve ser para um per?odo de tr?s ou quatro meses, o que tamb?m est? sendo tratado no projeto de lei relatado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Ap?s o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito nesta manh? que a ajuda seria na casa de 120 a 130 bilh?es de reais, Mansueto esclareceu que o valor contempla a??es j? anunciadas, al?m de outras medidas, como a suspens?o de pagamentos de d?vidas dos entes junto ? Uni?o, Caixa Econ?mica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econ?mico e Social (BNDES).
Escrito por Reuters
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