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Um ano após rompimento de barragem da Vale, dor é profunda na mineira Brumadinho

Placeholder - loading - Parentes e amigos espalham fotos das vítimas em cerimônia que marca um ano do desastre com o rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil. 25/01/2020 REUTERS/Cristiane Mattos
Parentes e amigos espalham fotos das vítimas em cerimônia que marca um ano do desastre com o rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil. 25/01/2020 REUTERS/Cristiane Mattos

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Por Pablo Garcia

BRUMADINHO, Minas Gerais (Reuters) - Exatamente h? um ano, uma barragem de rejeitos da Vale na cidade mineira de Brumadinho entrou em colapso, matando mais de 250 pessoas em um dos piores desastres de minera??o do mundo.

Para os sobreviventes e parentes das v?timas que ainda buscam respostas e justi?a, o tempo n?o cura.

'Hoje ? o mesmo que foi o dia da trag?dia. O mesmo sentimento de dor, trai??o, perda', disse Rafaela Cavalcante Andrade, que perdeu a irm? na trag?dia.

'Minha irm? era uma pessoa que amava a vida. Ela n?o merecia isso...passaram-se 365 dias e o sentimento ? o mesmo.'

O ex-presidente da Vale Fabio Schvartsman e outras 15 pessoas foram denunciadas pelo Minist?rio P?blico de Minas Gerais por homic?dios dolosos duplamente qualificados e crimes ambientais, devido ao rompimento da barragem em Brumadinho, em 25 de janeiro do ano passado.

Respondendo ?s acusa??es, a Vale disse que ficou 'perplexa' com as acusa??es de dolo, enquanto a defesa de Schvartsman considerou 'injusta e lament?vel a tentativa de punir quem, desde a primeira hora, cumpriu com seu dever e esteve ao lado das autoridades para investigar o ocorrido e reparar os danos'.

Um painel de especialistas contratado pela assessoria jur?dica externa da mineradora concluiu em dezembro que o rompimento foi resultado da 'liquefa??o est?tica' dos rejeitos dentro da estrutura.

Andresa Rodrigues, que afirmou que seu filho de 26 anos, Bruno Rocha Rodrigues, foi 'assassinado pela Vale', diz que n?o pode haver recompensa por sua perda.

'O ?ltimo ano foi de dor, lamento e tristeza, revolta e indigna??o... N?o existe repara??o. Todas os tentativas de mitiga??o n?o s?o suficientes para amenizar a nossa dor', disse.

Escrito por Reuters

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