União Europeia investiga comunicações diplomáticas hackeadas

BRUXELAS (Reuters) - A Uni?o Europeia est? investigando um ataque cibern?tico contra suas comunica??es diplom?ticas, supostamente por hackers chineses, que revelaram preocupa??o da UE com o presidente dos EUA, Donald Trump, a R?ssia e o Ir?, informou o bloco nesta quarta-feira.

'O Secretariado do Conselho est? ciente das alega??es sobre um poss?vel vazamento de informa??es confidenciais e est? investigando ativamente o assunto', disse em comunicado o ?rg?o que representa os governos da UE em Bruxelas.

A Secretaria se recusou a detalhar, mas disse que 'leva a seguran?a de suas instala??es, incluindo seus sistemas de TI, extremamente a s?rio', referindo-se ?s preocupa??es sobre vulnerabilidades em seus sistemas de dados nos 28 Estados da UE.

Segundo o site do jornal New York Times na ter?a-feira, hackers acessaram a rede de comunica??es diplom?ticas da Uni?o Europeia durante anos, baixando telegramas que revelam preocupa??es sobre o governo Trump, dificuldades para lidar com a R?ssia e a China e o risco de o Ir? reativar seu programa nuclear.

Mais de 1.100 telegramas foram enviados ao jornal pela empresa de seguran?a Area 1 depois que a viola??o foi descoberta, afirmou o NYT, acrescentando que investigadores da companhia acreditam que os hackers trabalhavam para o Ex?rcito Popular de Liberta??o da China.

Os telegramas incluem memorandos de conversas com l?deres da Ar?bia Saudita, Israel e outros pa?ses que foram compartilhados pela Uni?o Europeia, de acordo com a reportagem.

Um dos telegramas, segundo o Times, mostra diplomatas europeus descrevendo uma reuni?o entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, na Finl?ndia, como 'bem-sucedida (ao menos para Putin).'

Outro, escrito depois de um encontro em 16 de julho, encaminhou um relato detalhado e uma an?lise de conversas entre autoridades europeias e o presidente chin?s, Xi Jinping, que foi citado comparando o 'bullying' de Trump contra Pequim a 'uma luta de boxe de estilo livre sem regras'.

Em um terceiro, de 7 de mar?o, Caroline Vicini, vice-l?der da miss?o da UE em Washington, recomenda que diplomatas do bloco descrevam os EUA como 'nosso parceiro mais importante', apesar de contestar Trump 'em ?reas nas quais discordamos dos EUA (por exemplo clima, com?rcio, acordo nuclear do Ir?)'.

Os hackers tamb?m invadiram redes da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU), da Federa??o Americana do Trabalho e do Congresso de Organiza??es Industriais (AFL-CIO) e de Minist?rios das Rela??es Exteriores e das Finan?as de diversos pa?ses pelo mundo, acrescentou a reportagem.

(Reportagem de Rama Venkat em Bengaluru e Robin Emmott em Bruxelas)