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Vejo movimentos do câmbio com bastante tranquilidade, diz Waldery

Vejo movimentos do câmbio com bastante tranquilidade, diz Waldery

Reuters

27/11/2019

Placeholder - loading - Secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues 08/08/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues 08/08/2019 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Marcela Ayres e Jamie McGeever

BRAS?LIA (Reuters) - O secret?rio especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira que v? o recente movimento do d?lar frente ao real com 'bastante tranquilidade', e refor?ou que esse conforto ? um reflexo tanto da pol?tica cambial do Banco Central como do ajuste fiscal promovido pelo governo.

Em entrevista ? Reuters, o secret?rio pontuou ter recebido retorno positivo de investidores estrangeiros em viagem recente a Nova York, nos Estados Unidos, sobre o rumo das pol?ticas adotadas at? aqui pela equipe econ?mica.

'Nosso c?mbio ? flex?vel, as atua??es do Banco Central em grande medida se referem ? redu??o de volatilidade. Eles n?o buscam determinar n?vel, mas sim redu??o de volatilidade', afirmou.

'Ent?o ? um conforto pela sistem?tica, a pol?tica de c?mbio que temos, pela equipe (do BC) e pelas respostas que t?m sido dadas, j? nos colocam com tranquilidade', completou.

O d?lar renovou seu recorde nominal hist?rico nesta quarta-feira, perto de 4,26 reais, mesmo depois de o BC ter feito nova oferta l?quida de moeda ? vista, a terceira em dois dias.

O mercado tem atribu?do parte do movimento de desvaloriza??o cambial desta semana a declara??es do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o c?mbio de equil?brio do pa?s 'tende a ir para um lugar mais alto' diante da redu??o da taxa b?sica de juros.

Waldery defendeu que o governo est? atacando de frente o maior problema brasileiro, que ? relacionado ao desequil?brio fiscal, mirando medidas para o controle das despesas p?blicas. E destacou que os investidores est?o atentos a isso.

'Essas decis?es coerentes com um diagn?stico tra?ado de quais s?o os pontos fracos, os gargalos das nossas pol?ticas econ?micas, em particular a necessidade de robustecer a pol?tica fiscal, levam a uma posi??o macroecon?mica, macrofiscal na realidade, que nos d? tranquilidade com rela??o a rea??es como um todo, tanto em percep??o de risco como em termos de afetar o c?mbio', disse.

Ap?s uma maratona de reuni?es com investidores em Nova York na semana passada, ele avaliou que h? 'posi??o de forte interesse'.

'A percep??o deles ? 'voc?s est?o tratando o lado correto, que ? o lado fiscal, ? o que tem um desequil?brio maior'', disse.

Nesta quarta-feira, analistas do Morgan Stanley aconselharam clientes a evitar o mercado de moedas e juros da Am?rica Latina pelo resto do ano, citando riscos pol?ticos crescentes e agita??o social.

'O movimento recente de pre?os indica que h? mais fraqueza por vir, principalmente se um sentimento mais amplo de mercado emergente azedar', disseram os analistas especificamente sobre o real brasileiro.

PECS NA METADE DE 2020

Apesar de o governo ter reconhecido que enviar? apenas no ano que vem a reforma administrativa, inicialmente prometida para novembro, Waldery expressou otimismo quanto ao andamento das reformas no Congresso, citando a perspectiva de aprova??o ainda no primeiro semestre de 2020 das tr?s propostas de emenda ? Constitui??o (PECs) que reformam o arcabou?o fiscal brasileiro.

De acordo com Waldery, a PEC dos fundos p?blicos dever? ter sua aprecia??o finalizada pelo Senado ainda em 2019, e talvez pela C?mara dos Deputados antes do ano acabar. A proposta prev? a amortiza??o da d?vida p?blica da Uni?o com recursos de 220 bilh?es de reais hoje parados nesses fundos.

Ele estimou que a PEC Emergencial --que prev? duras medidas de ajuste nas despesas quando as opera??es de cr?dito superarem as despesas de capital em um ano-- 'certamente estar? muito avan?ada para o come?o do pr?ximo ano'.

Na vis?o do secret?rio, a PEC do Pacto Federativo, que ? a mais densa das tr?s medidas e que prop?e uma ampla desvincula??o de receitas e desindexa??o em caso de emerg?ncia fiscal, demorar? um pouco mais, justamente pelo fato de ser mais complexa.

Reuters

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