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Vendas de supermercados e farmacêuticos limitam perdas no varejo do Brasil em março

Placeholder - loading - Consumidora faz compras em supermercado de São Paulo 110/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Consumidora faz compras em supermercado de São Paulo 110/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

S?O PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas de supermercados e artigos farmac?uticos limitaram as perdas do varejo brasileiro em mar?o, diante dos danos provocados pelas medidas de combate ao coronav?rus.

O fechamento de lojas e com?rcio resultou em queda de 2,5% nas vendas varejistas em mar?o na compara??o com o m?s anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).

Entretanto, os setores considerados essenciais durante o per?odo de isolamento social evitaram uma queda t?o acentuada como a expectativa de recuo de 7,7% em pesquisa da Reuters.

Ainda assim, esse foi o pior resultado para mar?o desde a queda de 2,7% vista e mar?o de 2003, e com esses dados o primeiro trimestre terminou com perdas de 2% sobre os tr?s ?ltimos meses de 2019.

Na compara??o com o mesmo m?s do ano anterior, as vendas perderam 1,2%, primeira queda ap?s 11 meses consecutivos positivos, ante expectativa de recuo de 6% nessa base de compara??o.

Entretanto, o fechamento de lojas f?sicas levou a perdas nas seis outras atividades pesquisadas. E as incertezas em torno dos impactos da pandemia sobre a economia e o mercado de trabalho --com demiss?es e redu??es de sal?rios-- ajudam a refrear o consumo.

'H? uma clareza de que a pandemia e o isolamento social j? tiveram um expressivo reflexo no resultado de mar?o', disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. 'As atividades negativas refletem exatamente aqueles setores afetados por medidas de restri??o e isolamento, especialmente a partir da segunda metade de mar?o.'

Segundo ele, do total de 36,7 mil empresas consultadas, 14,5% registraram o impacto da Covid-19 como principal causa de varia??o das suas receitas.

As vendas de Tecidos, vestu?rio e cal?ados ca?ram 42,2%, as de Livros, jornais, revistas e papelaria despencaram 36,1%, e as de Outros artigos de uso pessoal e dom?stico ca?ram 27,4%.

Tamb?m apresentaram perdas M?veis e eletrodom?sticos (-25,9%), Equipamentos e material para escrit?rio, inform?tica e comunica??o (-14,2%), Combust?veis e lubrificantes (-12,5%).

SUPERMERCADOS

Por outro lado, as vendas de Hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas e fumo dispararam 14,6%, enquanto as de Artigos farmac?uticos, m?dicos, ortop?dicos, de perfumaria e cosm?ticos subiram 1,3% em mar?o frente a fevereiro.

O setor de hiper e supermercados, de acordo com o IBGE, tem uma participa??o expressiva no com?rcio, que cresceu ainda mais em mar?o.

'No m?s passado estava abaixo de 50%, em mar?o saltou para 55% no peso no varejo e isso faz com que o ?ndice tenha sido segurado por essa atividade', explicou Santos. '(O salto da atividade) reflete a quarentena e a substitui??o de compras de outras atividades por compras nos mercados, que t?m al?m de alimentos e produtos de inform?tica, m?veis e livros e acabaram absorvendo.'

No varejo ampliado, que inclui ve?culos e material de constru??o, houve recuo de 13,7% no volume de vendas em mar?o, queda mais intensa desde o in?cio da s?rie 2003.

As vendas de Ve?culos e motos, partes e pe?as recuaram 36,4%, enquanto as de Material de Constru??o ca?ram 17,1%.

Escrito por Reuters

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