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Varejo do Brasil contraria expectativa e sobe em fevereiro, ainda sem impacto do coronavírus

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REUTERS/Nacho Doce

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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

S?O PAULO/S?O PAULO (Reuters) - O setor de varejo do Brasil surpreendeu e registrou alta das vendas em fevereiro, no melhor resultado para o m?s em quatro anos, ainda sem registrar os efeitos do fechamento de lojas e com?rcios devido ?s medidas de combate ao v?rus.

O volume de vendas no varejo teve em fevereiro alta de 1,2% em rela??o a janeiro, informou nesta ter?a-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).

Foi o resultado mais forte para o m?s desde 2016 e contrariou a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,3%.

Em janeiro, as vendas ca?ram 1,4%, em dado revisado ap?s o IBGE informar anteriormente queda de 1%.

Em rela??o ao mesmo per?odo do ano anterior, as vendas tiveram alta de 4,7%, ante estimativa de ganho de 2,10%.

O analista da pesquisa, Cristiano Santos, avalia que o resultado de fevereiro das vendas varejistas ainda n?o apresenta influ?ncia das medidas de combate ao coronav?rus, j? que n?o havia um indicativo real de que a doen?a atingiria seriamente o pa?s.

?N?o acredito que tenha sido um fator de impacto aparente no aumento de receitas dos supermercados, por exemplo. O pre?o do d?lar e a queda do petr?leo contribuem, mas o fator coronav?rus s? deve come?ar a ser sentido a partir de mar?o?, disse ele.

As consequ?ncias das medidas adotadas contra o coronav?rus ainda s?o incertas, o que prejudica o consumo diante do temor de perdas de emprego, al?m do confinamento das pessoas em casa.

Em fevereiro, das oito atividades pesquisadas cinco tiveram ganhos. O destaque foi a alta de 1,5% de hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas e fumo (1,5%).

Tamb?m apresentaram ganhos m?veis e eletrodom?sticos (1,6%); artigos farmac?uticos, m?dicos, ortop?dicos, de perfumaria e cosm?ticos (0,6%); tecidos, vestu?rio e cal?ados (1,6%) e outros artigos de uso pessoal e dom?stico (1,5%).

Na outra ponta, as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria ca?ram 3,8%, as de equipamentos e material para escrit?rio, inform?tica e comunica??o recuaram 1,1% e combust?veis e lubrificantes perderam 0,6%.

No varejo ampliado, que inclui ve?culos e material de constru??o, houve alta de 0,7% nas vendas sobre janeiro, segundo m?s positivo.

Entretanto, as paralisa??es por causa do coronav?rus j? causam preocupa??es sobre perdas de emprego e redu??o de sal?rios, o que deve conter o consumo com for?a al?m do fechamento de v?rias f?bricas e com?rcios.

?N?o tem como negar que haver? impacto e influ?ncia da pandemia, e o tamanho disso ? que n?o sabemos. Os mercados e o setor farmac?utico est?o abertos e funcionando no isolamento social. A quarentena come?ou em algumas localidades na segunda metade de mar?o', lembrou Santos.

?O que sabemos ? que essas duas atividades t?m peso forte, e est?o funcionando e vendendo.?

Escrito por Reuters

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