Vendas no varejo do Brasil frustram expectativas e recuam 0,1 % em maio
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Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/S?O PAULO (Reuters) - As vendas no varejo do Brasil recuaram em maio pelo segundo m?s seguido e frustraram as expectativas, pressionadas pelas categorias outros artigos de uso pessoal e combust?veis, destacando a morosidade cont?nua da economia.
Em maio, as vendas varejistas recuaram 0,1% em rela??o ao m?s anterior, depois de queda de 0,4% em abril, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) divulgados nesta quinta-feira.
Em rela??o ao mesmo per?odo do ano anterior, as vendas registraram avan?o de 1,0%, no pior resultado para maio em tr?s anos.
Ambos os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,2% na compara??o mensal e de 1,3% na base anual.
'O dia das m?es, uma data importante para o com?rcio, passou batido este ano por conta da conjuntura desfavor?vel', disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
'O recado que a pesquisa d? ? de uma perda no f?lego do com?rcio do fim de 2018 para c?. O ritmo de crescimento diminui claramente dado o comportamento do mercado de trabalho, das incertezas que pairam entre investidores e consumidores e do ritmo de atividade', completou.
Os dados do IBGE mostraram que, entre as oito atividades pesquisadas, as press?es negativas vieram do recuo de 1,4% na venda de Outros artigos de uso pessoal e dom?stico e da queda de 0,8% de Combust?veis e lubrificantes.
Por outro lado, os destaques positivos foram Hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas e fumo (+1,4%); Tecidos, vestu?rio e cal?ados (+1,7%); Artigos farmac?uticos, m?dicos, ortop?dicos, de perfumaria e cosm?ticos (+0,9%); e M?veis e eletrodom?sticos (+0,6%).
O varejo ampliado, que inclui ve?culos e material de constru??o, subiu 0,2% sobre abril, e 6,4% ante maio de 2018.
Diante da falta de f?lego da economia, confian?a abalada e desemprego ainda alto, o setor varejista do Brasil vem encontrando dificuldades para deslanchar.
As expectativas para a economia v?m sofrendo sucessivos cortes, e a mais recente pesquisa Focus do Banco Central aponta crescimento de apenas 0,82% neste ano.
Escrito por Redação
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