Vendas no varejo sobem em agosto pelo 3º mês, mas ritmo arrefece

Por Camila Moreira

S?O PAULO (Reuters) - As vendas no varejo do Brasil permaneceram em alta na metade do terceiro trimestre sustentadas por supermercados e alimentos, por?m o resultado ficou aqu?m do esperado e mostrou perda de for?a.

O volume de vendas no varejo subiu 0,1% em agosto na compara??o com o m?s anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) nesta quinta-feira.

Esse ? o terceiro m?s seguido de ganhos, mas o ritmo mostra perda de for?a das vendas. O setor iniciou o terceiro trimestre com aumento de 0,5% nas vendas em julho, em dado revisado pelo IBGE ap?s divulgar antes alta de 1,0%.

Em rela??o a agosto do ano passado, as vendas tiveram aumento de 1,3%.

Entretanto, os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de ganhos de 0,3% na compara??o mensal e de 1,8% na base anual.

Entre as oito atividades pesquisadas, o IBGE informou que quatro apresentaram avan?o. Os destaques ficaram para as altas de 0,6% em Hipermercados, supermercados, produtos aliment?cios, bebidas e fumo; e de 0,2% de Outros artigos de uso pessoal e dom?stico. Juntas, as duas atividades respondem por mais de 60% do total do varejo.

'O aumento nos dois grupos indica um perfil de consumo mais b?sico, associado ?s classes de rendimento mais baixas da popula??o', disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, segundo o IBGE.

Por outro lado, as vendas de Combust?veis e lubrificantes e de Tecidos, vestu?rio e cal?ados recuaram, respectivamente, 3,3% e 2,5%.

'A varia??o negativa para esses tipos de produtos confirma que a popula??o est? dedicando mais seu or?amento ?s compras de primeira necessidade', completou Nunes.

No varejo ampliado, que inclui ve?culos e material de constru??o, houve estabilidade. O setor de Ve?culos, motos, partes e pe?as registrou queda de 1,7%, enquanto Material de constru??o recuou 0,8% em agosto.

O cen?rio para o varejo no Brasil ? de juros e infla??o baixos, mas com um mercado de trabalho ainda fraco, o que restringe o poder de compra dos trabalhadores.