Varejo do Brasil tem melhor setembro em 10 anos e fecha 3º tri com indícios de recuperação
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Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/S?O PAULO (Reuters) - As vendas no varejo do Brasil aumentaram de forma generalizada em setembro, registrando o melhor resultado para o m?s em 10 anos, e terminaram o terceiro trimestre com ganhos e apontando recupera??o do setor.
Em setembro, o volume de vendas subiu 0,7% na compara??o com agosto, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).
Esse ? o resultado mais forte para setembro desde o ganho de 1,1% visto em 2009, al?m de marcar o quinto dado mensal seguido positivo.
Na compara??o com setembro de 2018, as vendas subiram 2,1%, sexta taxa consecutiva no azul. Com esses resultados, o terceiro trimestre terminou com alta de 1,6% das vendas sobre os tr?s meses anteriores, depois de ganho de 0,1% no segundo trimestre e estagna??o no primeiro.
'O resultado de setembro confirma uma recupera??o do varejo. O com?rcio apresenta um dinamismo maior at? que a conjuntura', explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, citando como influ?ncias para o resultado positivo a libera??o do FGTS, promo??o da chamada Semana do Brasil, ao estilo Black Friday, e mais dias ?teis no m?s este ano.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avan?os de 0,7% na compara??o mensal e de 2,35% sobre um ano antes.
Sete das oito atividades pesquisadas no m?s tiveram ganhos. As vendas de M?veis e eletrodom?sticos subiram 5,2%; enquanto as de Tecidos, vestu?rio e cal?ados avan?aram 3,3%, sendo os destaques no resultado.
A ?nica taxa negativa foi vista em Equipamentos e material para escrit?rio, inform?tica e comunica??o, com uma queda de 2,0% nas vendas.
No varejo ampliado, a alta nas vendas foi de 0,9% em setembro, com Material de Constru??o subindo 1,5% e Ve?culos avan?ando 1,2%.
Ao mesmo tempo em que o pa?s apresenta juros e infla??o baixos, o mercado de trabalho fraco ainda pressiona o poder de compra dos trabalhadores, o que ainda levanta cautela.
'Para falar em uma recupera??o consolidada ainda precisamos esperar mais uns meses. H? um dinamismo mais forte, mas a conjuntura ainda n?o ? t?o favor?vel com muita informalidade no mercado de trabalho que impede a renda crescer e afeta a demanda', acrescentou Isabella Nunes.
Escrito por Reuters
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