Vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela é libertado após 4 meses preso em quartel
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CARACAS (Reuters) - Um tribunal de Caracas ordenou a liberta??o do vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Edgar Zambrano, ap?s passar quatro meses detido em um quartel militar, mas o tribunal manteve a decis?o que pro?be o pol?tico de sair do pa?s.
Zambrano foi acusado de trai??o quando foi preso em maio por funcion?rios do servi?o de intelig?ncia, dias depois de uma mobiliza??o da oposi??o pedindo aos militares que se rebelassem contra o presidente Nicol?s Maduro.
A repentina sa?da de Zambrano da pris?o ocorreu poucas horas ap?s o governo concordar em iniciar um di?logo com uma minoria de partidos da oposi??o, em paralelo a conversas com a coaliz?o opositora liderada pelo chefe da Assembleia, Juan Guaid?, que eram mediadas pela Noruega at? poucas semanas atr?s.
'Voc? precisa fazer um esfor?o significativo para conseguir a liberta??o de todos os presos pol?ticos e evitar o abuso de poder', disse Zambrano logo ap?s chegar em casa durante a noite, ap?s ser autorizado a deixar a unidade militar de Fuerte Tiuna, onde fora mantido por 129 dias.
'Nos primeiros 60 dias, n?o sa?mos da cela. Ali estivemos, praticamente em cativeiro, como os animais, sem falar, sem poder ler, sem nenhum elemento que protegesse a dignidade de nossos direitos humanos', contou Zambrano sobre os dias em uma pris?o na qual, inclusive, aderiu a uma greve de fome por pouco mais de uma semana.
O deputado compartilhou brevemente os corredores do quartel com dois generais dissidentes dos governos Ch?vez e Maduro, Ra?l Baduel e Miguel Rodr?guez, que permanecem na pris?o, junto a outra pessoa cujo nome se desconhece.
Al?m de Zambrano, outros 12 parlamentares foram indiciados pelos tribunais de conspira??o em maio e junho, alguns dos quais deixaram o pa?s ou est?o protegidos em embaixadas.
'A liberta??o de Zambrano e dos presos pol?ticos ? uma vit?ria da press?o popular, internacional e do relat?rio de Bachelet, n?o uma 'gentileza' da ditadura', tuitou Guaid?, que se autoproclamou presidente interino ao argumentar que Maduro foi reeleito a partir de fraudes eleitorais em maio de 2018.
Um comunicado do tribunal sinaliza que o deputado opositor est? proibido de deixa o pa?s e deve se apresentar a cada 30 dias perante a corte. O dirigente prometeu que voltar? ao Parlamento na pr?xima semana e, no s?bado, iniciar? caminhadas por todo o pa?s com intuito de orar e pedir pela liberta??o de outros pol?ticos.
(Por Mayela Armas, Luc Cohen e Corina Pons)
Escrito por Redação
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