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WIDER IMAGE-Indígenas de reserva Raposa Serra do Sol temem novas ameaças de mineradores e agricultores

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(Galeria de fotos: https://reut.rs/2WHemak)

Por Bruno Kelly e S?rgio Queiroz

RAPOSA SERRA DO SOL, Roraima (Reuters) - Uma d?cada depois de o povo macuxi vencer uma batalha judicial marcada pela viol?ncia para expulsar plantadores de arroz da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, o controle dos ind?genas sobre terras de ancestrais voltou a ser amea?ado por pol?ticas do governo do presidente Jair Bolsonaro.

A reserva de 1,7 milh?o de hectares na fronteira com a Venezuela abriga uma povo de 25 mil ind?genas, cujo principal sustento vem da cria??o de gado.?Mas a terra continua sendo cobi?ada por agricultores e mineradores, que acreditam que a ?rea ? rica em ouro, diamante, cobre, molibd?nio, bauxita e at? ni?bio, metal usado para fortalecer o a?o e que Bolsonaro considera 'estrat?gico'.

'Vinte e uma lideran?as mortas durante o processo de demarca??o e homologa??o da terra ind?gena Raposa Serra do Sol', disse o cacique Aldenir Lima, l?der das 70 comunidades da reserva. 'Estamos aos poucos recuperando essa terra e onde se plantava o arroz. Hoje a gente?coloca o nosso gado, porque hoje, aqui dentro da terra ind?gena Raposa Serra do Sol, a maior produ??o que a gente tem ? o projeto de gado'.

A situa??o pode mudar se Bolsonaro cumprir a promessa de rever as fronteiras da reserva, como parte de sua ofensiva para revogar uma proibi??o ? agricultura e ? minera??o comerciais em terras ind?genas.

Uma das primeiras medidas de Bolsonaro ap?s sua posse, em janeiro, foi colocar as decis?es sobre terras ind?genas a cargo do Minist?rio da Agricultura, que ? controlado por representantes do agroneg?cio ansiosos para desbravar novos territ?rios para a agricultura de larga escala.

O presidente j? destacou a pr?pria reserva Raposa Serra do Sol.

'? a ?rea mais rica do mundo. Voc? tem como explorar de forma racional. E no lado do ?ndios, dando royalties e integrando o ?ndio ? sociedade', disse ele em dezembro.

Os macuxi temem que mineradores de ouro ilegais e outros invasores voltem ?s suas terras, encorajados pela ret?rica de Bolsonaro e por medidas para enfraquecer seus direitos.

'Para o novo presidente, Jair Bolsonaro, (quero pedir) que respeite nossos direitos. A nossa terra j? foi demarcada, homologada e registrada', disse a l?der comunit?ria Tereza Pereira de Souza, usando um cocar de penas amarelas.

'Passou por 30 anos (esse) processo grande, at? que chegou ? defini??o da demarca??o, da homologa??o e registrar essa nossa terra', acrescentou.

Os 900 mil ind?genas brasileiros representam menos de 1 por cento da popula??o e moram em reservas que equivalem a 13 por cento do territ?rio.

Bolsonaro diz que as tribos vivem em situa??o de extrema pobreza e fome e que devem ser assimilados pela sociedade em vez de confinados em uma reserva como 'animais de zool?gico'.

Mas qualquer tentativa de mudar a situa??o legal de Raposa Serra do Sol provavelmente seria contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) com o argumento de que a Constitui??o de 1988 protege os direitos de terras ind?genas.

Antropologistas alertam que remover a prote??o destruiria as tradi??es e as l?nguas dos macuxi e de quatro outras tribos na reserva.

'A natureza ? a nossa vida, que ? a mata, o rio, o lago, os peixes e a nossa vida. ? nosso sangue. E nosso esp?rito. Porque ? dela que vem o nosso sustento', disse Martinho de Souza, um xam? macuxi. 'N?s nascemos, vivemos e morreremos aqui. E essa ? a nossa vida'.

Nas redondezas, na vila xam? de Tamandu?, galinhas correm pelo ch?o de terra e uma vasilha de comida ? esquentada na fogueira. O nome da vila deriva do mam?fero que est? sob risco de extin??o.

Membros mais novos da tribo dizem que lutariam pela terra, dentre eles, Tiago Nunes Pereira, de 24 anos, que mostra sua perna com cicatrizes provocadas por um tiro decorrente de um confronto com fazendeiros quando tinha apenas 12 anos.

'A gente teve derramamento de sangue, entendeu? Isso d?i em mim. D?i muito. (Ter medo) de lutar jamais. At? o ?ltimo ?ndio entendeu. A gente n?o se cansa de lutar.'

Escrito por Redação

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