WikiLeaks diz que Julian Assange está sendo espionado na embaixada do Equador
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Por Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, tem sido alvo de uma opera??o de espionagem sofisticada na embaixada do Equador em Londres, onde est? abrigado desde 2012, disse o grupo nesta quarta-feira.
'O WikiLeaks descobriu uma opera??o de espionagem ampla contra Julian Assange dentro da embaixada equatoriana', disse Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, acrescentando que o 'despejo' de Assange da embaixada pode ocorrer a qualquer momento.
Hrafnsson n?o apresentou provas de suas alega??es de imediato, e a Reuters n?o conseguiu verific?-las de forma independente.
As rela??es de Assange com seus anfitri?es esfriaram desde que o Equador o acusou de vazar informa??es sobre a vida pessoal do presidente Len?n Moreno. Moreno disse que Assange violou os termos de seu asilo.
Para alguns, Assange ? um her?i por ter exposto o que apoiadores retratam como casos de abuso de poder de v?rios governos e por defender a liberdade de express?o. Para outros, ele ? um rebelde perigoso que minou a seguran?a dos Estados Unidos.
'Sabemos que houve um pedido para entregar o registro de visitantes da embaixada e grava??es de v?deo de dentro das c?meras de seguran?a da embaixada', disse Hrafnsson?a rep?rteres, acrescentando que sup?s que as informa??es foram entregues ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump.
Assange se refugiou na embaixada para evitar ser extraditado ? Su?cia, cujas autoridades queriam interrog?-lo devido a uma investiga??o de agress?o sexual. Mais tarde a investiga??o foi encerrada, mas o WikiLeaks teme que os EUA queiram process?-lo.
O WikiLeaks irritou Washington ao publicar centenas de milhares de comunica??es diplom?ticas secretas dos EUA que expuseram avalia??es muitas vezes altamente cr?ticas de l?deres mundiais -- do presidente russo, Vladimir Putin, a membros da fam?lia real saudita.
Assange rendeu manchetes internacionais em 2010, quando o WikiLeaks publicou um v?deo militar norte-americano confidencial que mostra um ataque de helic?pteros Apache que matou uma d?zia de pessoas em Bagd?, inclusive dois membros da reportagem da Reuters, em 2007.
Mais tarde naquele ano, o grupo divulgou mais de 90 mil documentos secretos que detalhavam a campanha militar dos EUA no Afeganist?o, seguidos por quase 400 mil relat?rios militares internos dos EUA detalhando opera??es no Iraque.
Depois vieram mais de 250 mil cabos confidenciais de embaixadas norte-americanas, e mais tarde quase 3 milh?es datados de 1973.
Escrito por Redação
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