Witzel sinaliza que pode afrouxar quarentena no Rio se não houver ajuda federal contra impacto de pandemia
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), cobrou apoio e ajuda financeira do governo federal aos Estados para enfrentar as consequ?ncias da pandemia de coronav?rus e disse que pode sacrificar o isolamento social no Estado caso n?o exista um apoio da Uni?o para lidar com os impactos econ?micos da crise.
O governador defendeu em conversa com a Reuters que o governo federal libere 500 bilh?es de reais aos Estados para o enfrentamento da crise gerada pela pandemia de covid-19, doen?a provocada pelo coronav?rus.
'O povo somente vai respeitar o confinamento se tiver condi??es de se alimentar. Os empres?rios somente ficar?o parados se tiverem condi??es de financiamento', disse ele ? Reuters. 'N?o posso pedir para as pessoas passarem fome', acrescentou.
Na v?spera, ap?s videoconfer?ncia dos governadores da Regi?o Sudeste com o presidente Jair Bolsonaro, Witzel disse que em 4 de abril o Estado poderia rever as medidas de confinamento desde que a curva de crescimento da doen?a estivesse abaixo do projetado pela ?rea da sa?de.
At? ent?o a orienta??o era que n?o existia possibilidade de afrouxamento antes de 4 de abril. Mais tarde, ele se reuniu, tamb?m em videoconfer?ncia, com outros 25 governadores e ficou decidido que eles manteriam o isolamento social. No entanto, o tom de cobran?a ao governo federal mudou.
O Estado calcula que o impacto da crise ser? de 10,5 bilh?es reais em um primeiro momento, sendo 3 bilh?es de reais em redu??o de arrecada??o e o restante em fun??o da queda do pre?o do barril do petr?leo. O Rio anunciou o contingenciamento de 7,6 bilh?es de reais por conta dos efeitos da crise
'Eles (governo federal) t?m que ter responsabilidade nesse momento de crise', disse Witzel.
O Estado j? registrou ao menos 8 mortes por covid-19 e tem ao menos 370 casos confirmados da doen?a, sendo 4 em favelas.
O secret?rio de Sa?de, Edmar Santos, espera um aumento de casos de mortes nas pr?ximas duas semanas, mas aposta no isolamento social como forma de preservar vidas.
Escrito por Reuters
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