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Bolsonaro diz que vai responder STF sobre pai de presidente da OAB: 'Não falei nada demais'

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro 01/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro 01/08/2019 REUTERS/Adriano Machado

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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que vai responder ao Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo sem ser obrigado, a respeito das declara??es feitas esta semana sobre o desaparecimento do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, durante a ditadura militar.

'Mesmo eu n?o sendo obrigado, eu presto (esclarecimentos). Eu n?o falei nada demais. Eu vou entregar o v?deo e vou fazer a degrava??o e mandar. Eu confio no ministro', disse Bolsonaro em entrevista na sa?da do Pal?cio da Alvorada, ao ser questionado sobre decis?o do ministro Lu?s Roberto Barroso, do Supremo, que estabeleceu prazo de 15 dias para o presidente responder questionamentos feitos pelo presidente da OAB, caso queira.

'S? transcrever o que eu falei aqui para voc?s (jornalista). O que que eu falei demais para voc?s? Me responda. O que eu tive conhecimento na ?poca. Eu ofendi o pai dele? N?o ofendi o pai dele. O que eu tive de conhecimento na ?poca, o assunto foi esse', acrescentou.

O presidente da OAB ingressou com a??o no STF pedindo que Bolsonaro esclare?a declara??es dadas na segunda-feira de que pode contar a Santa Cruz como seu pai desapareceu durante a ditadura militar na d?cada de 1970. Segundo Bolsonaro, Fernando Santa Cruz Oliveira era membro do grupo A??o Popular, classificado por ele como 'sanguin?rio', e foi morto por integrantes da pr?pria organiza??o de esquerda.

As declara??es de Bolsonaro v?o contra as informa??es da Comiss?o Nacional da Verdade (CNV), que afirma que Fernando Santa Cruz Oliveira foi visto pela ?ltima vez em fevereiro de 1974, quando foi preso no Rio de Janeiro por agentes do DOI-Codi.

Em buscas por ele, a fam?lia recebeu diversas negativas de que tivesse sido preso, mas em suas investiga??es a CNV encontrou um relat?rio do Minist?rio da Aeron?utica da d?cada de 1990 em que se informava ao Minist?rio da Justi?a que ele havia sido preso em 23 de fevereiro de 1974 e era considerado desaparecido desde ent?o. Ele tinha 26 anos.

Apenas em 2014, com o relat?rio da CNV, ele foi considerado oficialmente morto.

Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira lamentar as mortes ocorridas durante o regime militar, mas disse que s? houve viol?ncia devido a uma tentativa de se implementar o comunismo no pa?s.

'Eu lamento todas as mortes que tiveram dos dois lados. Se n?o tivesse aquela vontade de implementar o comunismo no Brasil, n?o teria acontecido nada disso, tivessem aceitado a normalidade que aconteceu, nada teria acontecido', afirmou.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

Escrito por Redação

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