Celso de Mello deve assistir vídeo de reunião ministerial na 2ª-feira e decidirá sobre sigilo
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Por Ricardo Brito
BRAS?LIA (Reuters) - O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), dever? assistir na segunda-feira ao v?deo da reuni?o ministerial do dia 22 de abril para depois decidir sobre o eventual levantamento, total ou parcial, do sigilo da grava??o, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira pela assessoria da corte.
A reuni?o ? considerada uma das principais provas apontadas pela defesa do ex-ministro da Justi?a e Seguran?a P?blica Sergio Moro para confirmar a acusa??o feita por ele de que o presidente Jair Bolsonaro tentou pression?-lo a fazer mudan?as no comando da Pol?cia Federal, amea?ando-o de demiss?o. O presidente nega.
Segundo o comunicado, Celso de Mello vai examinar pessoalmente os registros da reuni?o ocorrida no Pal?cio do Planalto.
'Sem o conhecimento do conte?do do v?deo, o ministro n?o ter? condi??es de avaliar os argumentos apresentados pelo advogado-geral da Uni?o, pelo procurador-geral da Rep?blica e pelos advogados do ex-ministro Sergio Moro', diz o comunicado.
O ministro do STF, conforme o comunicado, j? tem uma vis?o geral do teor da reuni?o, a partir do relato feito pelo juiz federal auxiliar Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho.
Havia uma forte expectativa de que Celso de Mello decidisse sobre o v?deo nesta sexta-feira, ap?s o ministro do STF ter pedido a opini?o dos interessados no processo.
A defesa de Moro defende a divulga??o na ?ntegra da grava??o de toda a reuni?o. J? o advogado-geral da Uni?o, Jos? Levi Mello, e o procurador-geral da Rep?blica, Augusto Aras, defendem a divulga??o de falas do presidente, de modo geral, ligadas ? investiga??o.
Aras destacou ainda n?o compactuar com o uso de investiga??es como ?palanque eleitoral precoce? de 2022.
Segundo depoimento prestado por Moro no ?mbito da investiga??o sobre as acusa??es que fez contra Bolsonaro, o presidente teria dito na reuni?o que iria interferir em todos os minist?rios e, quanto ? pasta da Justi?a e Seguran?a P?blica, se n?o pudesse trocar o superintendente da PF no Rio, trocaria o diretor-geral da corpora??o e o pr?prio ministro da Justi?a.
Esse epis?dio ocorreu dois dias antes de Moro pedir demiss?o do cargo.
Depoimentos de ministros argumentaram que declara??es de Bolsonaro que aparecem em transcri??o apresentada na peti??o da AGU, se referem a mudan?as em sua seguran?a no Rio de Janeiro. A defesa de Moro argumenta, no entanto, que o contexto da reuni?o mostra que ele se referia ? Pol?cia Federal, da? a necessidade da libera??o integral do v?deo.
Escrito por Reuters
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