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Com fim do verão, frio pode agravar surto de coronavírus no Brasil

Com fim do verão, frio pode agravar surto de coronavírus no Brasil

Reuters

20/03/2020

Placeholder - loading - Passageiros caminham em plataforma de trem da Central do Brasil, no Rio de Janeiro 17/03/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Passageiros caminham em plataforma de trem da Central do Brasil, no Rio de Janeiro 17/03/2020 REUTERS/Ricardo Moraes

Por Gabriel Stargardter e Jake Spring

RIO DE JANEIRO/BRAS?LIA (Reuters) - O surto do novo coronav?rus desembarcou no Brasil ? medida que os dias quentes de ver?o chegam ao fim, possivelmente agravando a propaga??o do v?rus, disseram especialistas em sa?de ? Reuters.

Pouco se sabe sobre como mudan?as de temperatura afetam o novo coronav?rus, que desencadeou uma crise global. Entretanto, seis especialistas afirmaram que surtos anteriores no Brasil, incluindo a pandemia de gripe su?na pelo H1N1 em 2009, apontam que temperaturas mais frias ampliam o cont?gio.

O pa?s j? ? o mais afetado da Am?rica Latina, com ao menos 621 casos confirmados at? quinta-feira -- mais que o dobro em dois dias.

Apesar do clima majoritariamente tropical, as temperaturas come?am a cair a partir de abril, quando gripes tendem a aumentar, disseram os especialistas.

'Nunca ? um bom momento para o coronav?rus chegar... mas este definitivamente n?o ? um bom momento', disse Maria da Gl?ria Teixeira, epidemiologista da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

As preocupa??es s?o compartilhadas em outras na??es do hemisf?rio sul. A Austr?lia tem um n?mero semelhante de casos confirmados, mas a expectativa das autoridades ? de que a taxa aumente rapidamente com a chegada do inverno, expans?o que tamb?m pode ocorrer na Argentina e no Chile.

Especialistas em doen?as infecto-contagiosas afirmaram que n?o podem garantir se o novo coronav?rus ? sazonal, uma vez que seu surgimento n?o ocorreu h? tempo suficiente para reunir informa??es. Entretanto, com doen?as respirat?rias como gripes e resfriados, cientistas acreditam que o ar frio causa irrita??o nasal e das vias respirat?rias, o que deixa as pessoas mais suscet?veis a infec??es.

No Brasil, os especialistas se demonstraram preocupados com a regi?o sul, que, al?m de ser a mais fria do pa?s, tamb?m tem uma popula??o mais idosa, de acordo com o censo de 2010. No Rio Grande do Sul, 20% dos ga?chos est?o acima dos 60 anos.

Quinta-feira marcou o ?ltimo dia do ver?o. O governo prev? que o pico de Covid-19 acontecer? entre abril e maio, mas, com a mudan?a de esta??o, as estimativas tamb?m podem sofrer altera??es.

T?nia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, disse que o calor provavelmente enfraqueceu as chances de o v?rus sobreviver em locais como ma?anetas ou no ar.

'Isso ? uma vantagem neste momento em que ainda est? quente. Mas vai ser um desvantagem mais ? frente', afirmou.

Teixeira, da UFBA, alertou sobre outro fator que pode complicar ainda mais a situa??o.

'Problemas sociais nas popula??es mais carentes s?o uma vari?vel que sempre agrava epidemias'.

Reuters

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