Ministro do STF determina que reserva de recursos para candidatos negros valha já para eleições de 2020
Ministro do STF determina que reserva de recursos para candidatos negros valha já para eleições de 2020
Reuters
22/02/2021
Atualizada em 10/09/2020
BRAS?LIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski concedeu nesta quinta-feira uma liminar para obrigar aos partidos que reservem recursos para candidatos negros concorrerem?j? para as elei??es municipais, antecipando decis?o anterior do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que previa a entrada em vigor dessa determina??o apenas nas elei??es de 2022.
Na decis?o, que atendeu a um pedido do PSOL, Lewandowski?disse que o TSE n?o promoveu qualquer inova??o nas normas referentes ao processo eleitoral, apenas introduzindo um aperfei?oamento nas regras referentes ? propaganda, ao financiamento e ? presta??o de contas com o prop?sito de ampliar a participa??o de cidad?os negros na disputa a cargos pol?ticos.
'O incentivo proposto pelo TSE, ademais, n?o implica qualquer altera??o das 'regras do jogo' em vigor. Na verdade, a corte eleitoral somente determinou que os partidos pol?ticos procedam a uma distribui??o mais igualit?ria e equitativa dos recursos p?blicos que lhe s?o endere?ados, quer dizer, das verbas resultantes do pagamento de tributos por todos os brasileiros indistintamente', disse.
'E, ? escusado dizer, que, em se tratando de verbas p?blicas, cumpre ?s agremia??es partid?rias aloc?-las rigorosamente em conformidade com os ditames constitucionais, legais e regulamentares pertinentes', completou.
Na decis?o, o ministro ressaltou a ado??o da medida n?o causar? nenhum preju?zo aos partidos, porque ainda se est? no per?odo das conven??es partid?rias, em que as legendas escolhem os candidatos. A propaganda eleitoral, citou, come?ar? apenas no dia 27 de setembro.
A decis?o tem por objetivo aumentar a presen?a de negros em cargos p?blicos eletivos no pa?s, que tem sido historicamente muito abaixo da propor??o deles em toda a popula??o brasileira.
(Reportagem de Ricardo Brito)
Reuters