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Ações e moeda argentinas desabam 30% com queda em chance de reeleição de Macri

Placeholder - loading - Operação de câmbio entre dólar e peso argentino em Buenos Aires  22/01/1999 REUTERS/Rickey Rogers
Operação de câmbio entre dólar e peso argentino em Buenos Aires 22/01/1999 REUTERS/Rickey Rogers

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Por Cassandra Garrison e Hugh Bronstein

BUENOS AIRES (Reuters) - As a??es e a moeda da Argentina despencaram 30% nesta segunda-feira, com temores de um poss?vel retorno ?s pol?ticas intervencionistas, depois que o ortodoxo presidente Mauricio Macri perdeu por uma margem muito maior do que a esperada para a oposi??o nas prim?rias presidenciais.

O peso recuperou parte das perdas, negociado a 52,15 por d?lar, depois de ter ca?do para uma m?nima hist?rica de 61,99 por d?lar. O banco central vendeu 50 milh?es de d?lares de suas pr?prias reservas para defender a taxa de c?mbio.

O principal ?ndice de a??es do pa?s registrou a maior queda de sua hist?ria, com todos os componentes no vermelho, enquanto o custo de prote??o contra um calote da d?vida soberana da Argentina disparou quase 1.000 pontos-base.

Desafiando expectativas, o candidato de oposi??o Alberto Fern?ndez --cuja companheira de chapa ? a ex-presidente Cristina Kirchner-- dominou as prim?rias com uma margem maior do que a esperada, de 15,5 pontos percentuais, comprometendo as chances de reelei??o de Macri.

Fern?ndez disse que buscar? 'retrabalhar' o acordo do tipo standby de 57 bilh?es de d?lares da Argentina com o Fundo Monet?rio Internacional (FMI) se vencer a elei??o geral de outubro.

A preocupa??o do mercado ? que haja descontinuidade da atual pol?tica e volta do intervencionismo, conforme experimentado anteriormente pelo governo de Kirchner.

A vit?ria dos peronistas Fern?ndez e Kirchner 'abre caminho para o retorno do populismo de esquerda que muitos investidores temem', disse a consultoria Capital Economics em nota.

'O que n?o est? claro ? exatamente como Fern?ndez e Kirchner pretendem conduzir a pol?tica econ?mica se chegarem ao poder', disse Alejo Czerwonko, estrategista de mercados emergentes da UBS Global Wealth Management.

As preocupa??es continuam altas e t?m a ver com quest?es como a composi??o da equipe econ?mica --quem vai supervisionar seu desenho e implementa??o, qual a rela??o que o novo governo ter? com o FMI, entre outros, disse Czerwonko.

Embora os ativos argentinos devam permanecer pressionados no futuro pr?ximo, Czerwonko, da UBS, concorda com alguns analistas segundo os quais o medo de cont?gio a outros mercados latino-americanos e mercados emergentes ainda ? baixo, j? que os problemas da Argentina s?o 'autoinfligidos e muito idiossincr?ticos'.

De acordo com Win Thin, chefe global de estrat?gia cambial da Brown Brothers Harriman, em termos de negocia??o global o mercado cambial da Argentina n?o tem impacto mensur?vel. Ele n?o espera um cont?gio em mercados emergentes.

'? um mercado muito pequeno', disse Thin. 'Desde que Macri reabriu os mercados, adotou algumas medidas pr?-mercado, tem havido pouca atividade no peso e ativos argentinos em geral', completou.

Macri assumiu o poder em 2015 com promessas de recuperar o pa?s por meio de uma onda de liberaliza??o. Mas a recupera??o prometida n?o se materializou e a Argentina est? em recess?o, com infla??o de mais de 55%.

Uma forte crise financeira no ano passado afetou o peso e for?ou Macri a tomar um empr?stimo junto ao FMI em troca da promessa de equilibrar o d?ficit argentino.

Escrito por Redação

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