Praticar ioga regularmente preserva atenção e memória em idosos
Estudo analisou cérebro de mais de 40 idosas; as que praticavam ioga regularmente apresentaram córtex pré-frontal mais espesso.
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A prática regular de ioga é capaz de preservar regiões cerebrais associadas a funções como atenção e memória de trabalho ao longo do envelhecimento. É o que indica um novo estudo, feito no Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein.
Pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisar, por meio de ressonância magnética, o cérebro de 42 idosas. Todas tinham condições de saúde, idade e escolaridade semelhantes, mas apenas metade das voluntárias era adepta da prática.
“Os exames mostraram que o córtex pré-frontal das mulheres que praticavam hatha-ioga há pelo menos oito anos era mais espesso quando comparado ao das não praticantes. Esse resultado sugere que o exercício tenha um papel de neuroproteção, retardando a degeneração cerebral que ocorre com a idade da mesma maneira que retarda a perda de massa muscular”, disse Rui Afonso, primeiro autor do artigo com resultados do estudo.
O especialista se baseou em um estudo feito em Harvard, segundo o qual pessoas que praticavam meditação há pelo menos 10 anos tinham regiões do cérebro mais espessas. Embora tenha incluído indivíduos de idades variadas, a diferença na espessura cortical foi mais expressiva em pessoas idosas.
Originário da Índia, o hatha-yoga é uma das técnicas de yoga mais disseminadas no ocidente. Envolve a prática de posturas físicas ou asanas e também técnicas de respiração conhecidas como pranayamas, gestos e contrações musculares voluntárias.
Além de equilíbrio e força muscular, portanto, o exercício requer um esforço de atenção, concentração e até mesmo da chamada memória de trabalho – necessária para cumprir tarefas específicas, como a reprodução de algumas das centenas de asanas diferentes.
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Escrito por Redação
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